A experiência angolana é um feito histórico que anima e dá confiança aos cubanos para enfrentarem as mudanças em Cuba, afirmou o embaixador cubano, Pedro Ross Leal, em Luanda, para quem Angola é um parceiro privilegiado para investir nos sectores público e privado do seu país.
“Estamos na disposição de continuar a ampliar a cooperação até ao máximo das nossas possibilidades e capacidades, além de partilhar e transferir para os nossos irmãos angolanos o conhecimento acumulado, no domínio da ciência e da técnica, que Cuba possui”, asseverou o diplomata, discursando no acto alusivo ao 53º aniversário do triunfo da Revolução Cubana, assinalado a 1 de Janeiro.
Pedro Ross Leal adiantou que Cuba está a receber investimentos angolanos em importantes sectores da economia. Como exemplo, referiu que foi recentemente rubricado um acordo entre a Sonangol e a Cupet (empresa petrolífera cubana) para a exploração de petróleo em dois blocos da zona económica do Golfo do México, pertencente a Cuba.
O diplomata frisou que o seu país sente a “solidariedade e o apoio generoso e decidido de Angola na arena internacional, principalmente em relação à luta para pôr termo ao bloqueio desumano” imposto a este país das Caraíbas há mais de 50 anos.
“Se num momento difícil de Angola, Cuba correspondeu ao pedido do Governo e do MPLA, hoje, que Cuba enfrenta a agressão e o bloqueio, Angola, o seu Governo e o MPLA, responderam à nossa solicitação”, realçou. Ao intervir na cerimónia, o ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Kundi Paihama, reiterou que a solidariedade de Angola para com Cuba é efectiva em todos os sentidos.
“Aproveito para felicitar os nossos irmãos cubanos por esta data que a nós diz muita coisa, particularmente sobre a ajuda que Cuba deu a Angola para a consolidação e confirmação da nossa independência”, frisou.
“Não temos espírito expansionista, só queremos defender o que é nosso, garantir que a nossa solidariedade é efectiva e que não vamos recuar perante quaisquer ameaças”, acrescentou. Angola tem um legado histórico deixado pelo primeiro Presidente da República, Agostinho Neto, segundo o qual “Angola é e será, por vontade própria, trincheira firme da revolução em África”, salientou Kundi Paihama.
O ministro manifestou-se, igualmente, solidário com a causa dos cinco cidadãos cubanos presos nos Estados Unidos há mais de 13 anos, juntando a sua voz aos apelos que têm sido lançados ao Presidente Barack Obama para a libertação imediata destes combatentes.
Cooperação na defesa
O ministro da Defesa Nacional, Cândido Pereira Van-Dúnem, considerou que a comemoração do 53º aniversário da Revolução Cubana constitui a consolidação da relação existente entre Angola e Cuba.
“A relação que une Angola e Cuba é de longa data, vem desde os primórdios da revolução angolana iniciada com a luta de Libertação Nacional, e é a consolidação da amizade entre os nossos dois partidos (Partido Comunista de Cuba e MPLA) e, acima de tudo, entre os povos de ambos os países “, asseverou.
Questionado sobre a contribuição de Cuba para o programa de modernização das Forças Armadas Angolanas, disse que existe uma cooperação com os cubanos desde há longos anos, que tem sido adequada em função das necessidades que vão surgindo.
“No processo de modernização das Forças Armadas Angolanas temos procurado os apoios que achamos necessários entre os nossos parceiros tradicionais e Cuba enquadra-se nesta lista”, referiu.
O ministro disse que Angola continua a formar quadros no domínio militar e, consequentemente, a receber especialistas cubanos que estão a trabalhar em determinadas esferas.
Exemplo de solidariedade
Numa cerimónia assistida por deputados, membros do corpo diplomático acreditado em Angola, entre outras personalidades, o governador de Luanda sublinhou a solidariedade do povo cubano. “Hoje, Cuba é um país em transformação, evoluindo cada vez mais e, inclusive, continua a ajudar muitos povos com os seus técnicos. Angola continua a beneficiar da cooperação e ajuda desse país”, realçou.
Via | JA
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