A produção de petróleo no bloco 14, no 'offshore' entre Angola e a República do Congo, envolvendo reservas estimadas em 70 milhões de barris, arranca em outubro, anunciaram em comunicado os governos dos dois países.
Em causa está a atividade no campo de Lianzi, operado pela norte-americana Chevron e que envolve um investimento que ronda 1,8 mil milhões de euros, resultando também da atividade de exploração desenvolvida em conjunto com a angolana Sonangol e a Société Nationale des Pétroles du Congo (SNPC).
O bloco 14 situa-se em águas profundas (até 1.000 metros), em alto mar, e cobre uma área de 700 quilómetros quadrados, entre os dois países. A portuguesa Galp Energia, segundo informação disponibilizada pela própria empresa, é detentora de 4,5% do consórcio que opera este bloco.
O anúncio do início da produção foi tornado público após uma reunião entre os ministros dos petróleos dos dois países, que teve lugar no final de julho, em Brazzaville, capital da República do Congo.
Este bloco deverá atingir a produção de 36 mil barris de crude por dia, de acordo com informação transmitida a 30 de março, em Luanda, pelo ministro dos Petróleos angolano, Botelho de Vasconcelos, no arranque de uma visita do Presidente congolês, Denis Sassou Nguesso, a Angola.
"Há petróleo do lado angolano, como do lado do Congo, e achou-se por bem fazer uma exploração conjunta em que os recursos serão repartidos [50% para cada país], explicou na ocasião Botelho de Vasconcelos, referindo-se ao protocolo assinado entre os dois Estados, em 2011.
Este consórcio é operado pela norte-americana Chevron (15,75%) e integra também a TEPC (26,75%), CABGOC (15,5%), Sonangol (10,0%), TFE (10,0%), ENI (10,0%) e a SNPC (7,5%).
Lusa/Fim
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