Quinze sindicatos de trabalhadores de Nova York se uniram nesta quarta-feira (5) ao movimento "Occupy Wall Street" ("Ocupem a Wall Street"), manifestação que começou em 17 de setembro e que protesta contra o que considera as injustiças do sistema financeiro americano e contra a "ganância corporativa".
Agora somam-se aos indignados de Wall Street, que ocupam o sul de Manhattan, sindicatos como o Transport Workers Union (TWU), que agrupa trabalhadores de empresas de ônibus, metrô e de companhias aéreas de todo país, e a United Federation of Teacher, que representa os professores de escolas públicas de Nova York.
"Aplaudimos a coragem dos jovens de Wall Street, que estão se manifestando de maneira dramática pelo que foi nossa posição durante bastante tempo. O sacrifício defendido pelo governo parece uma rua de mão única", diz o TWU em seu site.
O sindicato, que tem 38 mil membros ativos e 26 mil aposentados, se juntou aos outros 14 sindicatos e mais de vinte associações comunitárias no final da tarde desta quarta para marchar da praça Foley, no distrito financeiro de Nova York, até a praça Liberty, ocupada pelos indignados de Wall Street.
Um grupo de pessoas detidas no fim de semana passado no local entrou com um processo contra as autoridades de Nova York pelo que consideraram uma armadilha da polícia para reprimir o direito constitucional da livre expressão.
O processo foi apresentado nesta terça-feira (4) em nome dos cerca de 700 manifestantes presos no último sábado (1º) na ponte do Brooklyn. Eles afirmam que a polícia deixou de forma deliberada o grupo chegar até a ponte e depois os impediram de abandonar o local e efetuaram a detenção ilegal de centenas de pessoas.
Os denunciantes citaram no processo o prefeito de Nova York e o chefe de polícia da cidade. Eles pedem uma compensação financeira e que suas ficham criminais sejam limpas.
Além disso, em represália a prisões efetuadas no dia 1º, o grupo de hackers Anonymus ameaçou nesta quarta lançar um ataque contra a Bolsa de Nova York.
Os protestos, que começaram em Nova York, já se estenderam para outras grandes cidades dos EUA como Los Angeles, Boston, Filadélfia, Seattle e Chicago.
GL | EFE